NEGOCIAÇÃO COM PRESTADORES

A Caixa de Assistência implementou nova diretriz de remuneração dos serviços hospitalaresem 2018, com pagamento por pacotes de serviços em vez do pagamento por procedimentos (chamado fee-for-service), que não permitia prever os custos assistenciais, uma vez que a conta hospitalar era “aberta”. O novo modelo possibilita maior previsibilidade com os custos assistenciais e compartilhamento do risco com o prestador, principalmente quando ocorre complicações no atendimento. Com isto, há garantia de maior eficiência para o sistema.

Em outra ação, a CASSI propôs negociar a redução do valor pago, de forma que ficasse adequado ao prestador e à CASSI, em vez do aumento do preço, como é prática comum no mercado. O propósito foi reduzir as despesas assistenciais sem restringir o acesso dos participantes aos serviços de saúde. Como primeira medida para a redução do custo com exames laboratoriais e de imagem, a Caixa de Assistência identificou laboratórios e clínicas destes segmentos com maior faturamento junto à Instituição, credenciados em cada estado e no Distrito Federal. Dos 170 prestadores visitados, 120 aceitaram redução percentual do custo dos serviços e iniciaram, nos dois últimos meses de 2018, a cobrança pelo novo valor. A estimativa é de que esta mudança representará economia de R$ 31 milhões no período entre setembro de 2018 e agosto de 2019.

Uma estratégia semelhante foi iniciada para buscar redução de despesas hospitalares, com compra de órteses, próteses e materiais especiais (OPME), medicamentos oncológicos e dieta enteral (para pacientes que se alimentam por sonda ou necessitam de nutrição especial).

CLINICASSI ESTENDE HORÁRIO

Até agosto de 2018, André Gomes dos Santos nunca tinha procurado a CliniCASSI, que agora passou a ser sua referência para cuidar da saúde. Não é para menos: logo no primeiro atendimento, depois de se sentir mal durante o expediente, no edifício Sede do Banco do Brasil, em Brasília, ele obteve o diagnóstico de problemas que o incomodavam havia tempo e conseguiu tratar. “Em duas semanas estava sendo operado da vesícula. Acabaram as dores de cabeça e náuseas que me atormentavam há pelo menos quatro anos.” Em outubro, quase no fim do expediente, André se sentiu mal outra vez. Voltou à CliniCASSI e, de lá, foi encaminhado para um serviço de urgência. Passou sete dias na UTI e deixou o hospital sem descobrir a causa da perda de potássio nem a forma de estabilizar o mineral no organismo. Foi a sua médica de família, na CliniCASSI, que encontrou o tratamento adequado.

O serviço próprio da Caixa de Assistência instalado na Sede do BB é um dos 28 do país que ampliaram o horário de atendimento em 2018, com o objetivo de estimular o uso prioritário das CliniCASSI para as chamadas demandas espontâneas (não programadas). Algumas Unidades começaram a atender mais cedo, pela manhã, e outras, a ficar abertas até mais tarde.

O horário estendido foi um estímulo a mais para Leidinar Clark recorrer à CliniCASSI Teresina (PI) quando precisa de atendimento sem hora marcada. “Ajudo a cuidar de cinco netos, tenho muitas coisas para resolver durante o dia, e poder ser atendida depois das 19 horas é ótimo”, elogia. Mesmo que consulte especialistas credenciados, quando necessário, ela faz questão de, depois, procurar a equipe de saúde da CliniCASSI. “Os médicos de fora não sabem de outros problemas que já tive ou tenho. Não conhecem a gente como os da CASSI, que ficam com nosso histórico.”

Cuidado que rende prêmio

Em 2018, Henrique Lopes de Oliveira, 39 anos, conseguiu eliminar cinco quilos extras, acabar com o sobrepeso e normalizar as taxas altas de colesterol e de glicose com a ajuda da CliniCASSI Tijuca, no Rio de Janeiro. Funcionário da ativa do Banco do Brasil na capital fluminense, ele procurou o serviço estimulado por um colega de trabalho que já era acompanhado pelos profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF). “Me disse que seria bom, eu não conhecia, mas resolvi procurar. Não costumava fazer exame de sangue e bastou isso, ao iniciar o acompanhamento na CliniCASSI, para identificar e poder controlar a pré-diabetes”, conta ele. O cuidado com Henrique faz parte do trabalho de promoção à saúde com pacientes diagnosticados com diabetes, feito pela Unidade Rio de Janeiro, premiado no 21º Congresso Internacional Unidas, realizado em novembro.

A mesma equipe no Rio de Janeiro fez o associado Jorge Alberto Abreu Madeira, 55 anos, sentir como se “ganhasse na loteria”. Após Exame Periódico de Saúde (EPS) de 2017, a médica da CliniCASSI propôs que ele iniciasse uma reeducação alimentar, porém sugeriu que envolvesse toda a família para aumentar a chance de sucesso com o tratamento. Ele retornou com a esposa, Ana, e a filha, Andréa. Todos fizeram exames, que apontaram anemia nos três, e diabetes em Jorge. Ele e a filha responderam bem ao tratamento. Mas sua esposa, não, o que levou a equipe da ESF a investigar a causa. Assim, foi feito o diagnóstico precoce de câncer de medula. Ana fez quimioterapia e autotransplante e hoje está curada. “Se não fosse a proposta da médica para envolver toda a minha família, não teríamos descoberto tão rapidamente”, acredita o associado. Os três, continuam sendo acompanhados pela nutricionista da CliniCASSI.

BEM VIVER E PLENA IDADE SÃO DESTAQUE

Felinto Amorim Pereira Filho, 85 anos, não toma remédio algum. “Minha saúde é ótima. Nem óculos eu uso”, orgulha-se o aposentado do Banco do Brasil, acompanhado pelo programa Plena Idade na CliniCASSI Brasília Norte. O programa oferece consultas com médico de família e promove atividades coletivas sobre assuntos de interesse da população idosa, atendendo 56,1 mil cadastrados no país. A oficina de memória foi uma das que Felinto participou em 2018. “Eu costumava fazer palestras na Associação dos Aposentados e Funcionários do BB e percebi que estava esquecendo algumas palavras, mesmo tendo o hábito de ler muito. Na oficina, deram dicas práticas do que posso fazer para me lembrar das coisas, indicaram alguns exercícios e orientaram também a reforçar a leitura”, conta ele. O Plena Idade foi uma das iniciativas que garantiram a inclusão da CASSI na lista de Programas de Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças reconhecidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em 2018.

O cadastramento nesta lista contribuiu positivamente também para o cumprimento de indicadores acompanhados pela ANS, uma vez que as despesas relativas às ações de promoção a saúde e prevenção de riscos e doenças, registradas no exercício anterior, reduzem a margem de solvência (montante das reservas financeiras) exigida.

Outro programa reconhecido pela ANS em 2018 foi o Bem Viver, o mesmo que ajuda a família do associado Sérgio Rocha, de Brasília, nos cuidados com o filho João Gabriel, 13 anos. O menino foi diagnosticado com autismo em 2008, aos dois anos de idade, e desde então passou a ser acompanhado pelo programa na CliniCASSI Goiânia. O apoio continuou com a mudança da família para o Distrito Federal, em 2011, passando a contar com o suporte da CliniCASSI Brasília Sul, e extrapola o custeio das terapias e ajuda financeira para pagar a escola de João Gabriel. “Percebemos um real interesse dos profissionais em ajudar e esclarecer as nossas dúvidas. Todas as perguntas são ouvidas com atenção e carinho, até aquelas que possam parecer mais óbvias”, diz Sérgio.

O que você faz pelo celular

Quando o filho ligou, do consultório médico, dizendo que estava com o cartão do plano vencido, Fernando José Dias não teve dúvida: orientou a instalação do App CASSI. “Já tinha baixado no meu celular e sabia que ele conseguiria visualizar o cartão assim”, conta o aposentado do Banco do Brasil, que resolveu em poucos minutos o problema, mesmo estando longe do filho, que é seu dependente no Plano de Associados. O cartão do plano no App foi um dos serviços para celular oferecidos aos participantes da CASSI em 2018.

Duas outras funcionalidades foram adicionadas ao aplicativo: o extrato de utilização do plano e o extrato financeiro, que exibe os pagamentos feitos à CASSI. Os serviços estão disponíveis para todos os associados de forma gratuita. Basta baixar o aplicativo digitando CASSI na Google Store/ Play ou na loja Apple.

Tenha o App CASSI no celular

Para baixar o aplicativo, digite CASSI na loja Apple ou na Google Store/Play e instale. Use os dados de login do site (CPF e senha) ou solicite acesso na hora.

REEMBOLSO ELETRÔNICO É NOVIDADE!

“Esperava um mês para receber o reembolso. Agora, entre 14 e 18 dias, após enviar o pedido, a CASSI faz o depósito”, conta Cláudio Pinho, funcionário do Banco do Brasil no Rio de Janeiro, explicando a experiência com o reembolso eletrônico. A modalidade foi lançada pela Caixa de Assistência em 2018. Ele diz que, no início, estranhou a ferramenta, mas achou fácil a partir da segunda solicitação. O reembolso web é feito pelo site (www.cassi.com.br) e permite inserir até cinco arquivos de uma única vez, enviando, simultaneamente, esse mesmo número de pedidos. A maior rapidez no pagamento, pela CASSI, é proporcional à redução do tempo de envio dos documentos físicos, que antes eram encaminhados para o processamento das contas, em Brasília.

O envio eletrônico permite ainda que o associado armazene o documento original. Para a CASSI, isso representa ainda economia com o manuseio e o armazenamento dos documentos.

Em junho, mês seguinte à disponibilização da ferramenta para associados de todo o país, o reembolso web já foi responsável por 44% das solicitações. A modalidade eletrônica se tornou exclusiva para solicitação de reembolso em outubro de 2018.

ACESSO AO SITE MUDOU

Os participantes agora usam o CPF para fazer login, em vez de email. Isso evita dificuldades decorrentes da desativação ou esquecimento do endereço eletrônico cadastrado junto à Caixa de Assistência, o que ocorria com frequência.

O espaço de serviços do site também mudou. A área passou por uma reformulação visual, possibilitando melhor navegação em dispositivos móveis.

AUMENTA SEGURANÇA NAS INTERNAÇÕES

Em 2018, a CASSI obteve os primeiros resultados da Gestão da Internação Hospitalar e Segurança do Paciente (GIH&SP), iniciada em outubro do ano anterior. A ação implantou auditorias in loco em 72 hospitais de grande porte localizados em 11 estados do país. Nessa situação, o auditor verifica se o procedimento é o mais adequado e seguro para o paciente, levando em conta os protocolos da CASSI para cada tratamento.

Outro foco dessa ação é verificar se os valores cobrados estão adequados aos contratos. Segundo os dados de utilização dos serviços credenciados, houve queda de 12,96% no total de internações hospitalares e de quase 12% no número médio de internações por participante, com redução de R$ 56 milhões nos custos com internação nos primeiros nove meses de 2018.

CASSI AMPLIA CANAIS DE VOTAÇÃO

A CASSI criou um sistema próprio de votação que permitiu ampliar a participação dos associados nas consultas ao corpo social. A nova ferramenta acrescenta dois novos canais: o site e o App CASSI, além dos terminais de autoatendimento (TAA) e do SisBB. Com a novidade, aumentou a adesão dos associados nas votações promovidas pela Caixa de Assistência. Em março, na eleição para diretor e conselheiros, pelo sistema antigo, 108,8 mil votaram. Em outubro, já com os quatro canais, 132,5 mil participaram da consulta para alteração do estatuto, representando um aumento de 21%. O novo sistema segue as regras de segurança e confidencialidade com padrões de mercado e é auditado pelo BB.

O QUE MEU PLANO COBRE?

Ficou mais fácil consultar a lista de procedimentos cobertos pela CASSI no ano de 2018, com a Tabela Geral de Auxílio (TGA) já na página principal do site. Em www.cassi.com.br, ao clicar em “Cobertura do plano”, você é direcionado para a TGA. Basta fazer a pesquisa colocando o nome do procedimento ou escolhendo a lista completa do plano contratado.

RAIO X DA POPULAÇÃO CASSI

A CASSI lançou em 2018 a segunda edição do Boletim Epidemiológico, um retrato da saúde dos beneficiários. A publicação revelou, por exemplo, que 38,6% dos 181,3 mil cadastrados na Estratégia Saúde da Família (ESF) têm alguma morbidade crônica (diabetes, hipertensão, obesidade ou colesterol alto). São doenças associadas ao risco cardiovascular, causa principal de morte dos participantes da Caixa de Assistência. O problema é agravado pelo fato de que destes 70 mil crônicos, 45% apresentam duas ou mais morbidades associadas. Os dados ajudam no planejamento de ações mais efetivas de saúde levando em conta as características apontadas.

CERTIFICADO QUE DÁ SEGURANÇA AO PACIENTE

Procedimentos para evitar a aplicação de medicação errada, instalação de barras de apoio nos sanitários e identificação dos beneficiários com etiqueta que sinaliza o risco baixo ou alto de queda são algumas das rotinas que renderam às CliniCASSI Brasília Sul e Norte a reacreditação pela Joint Commission International (JCI).

As melhores práticas agora estão sendo replicadas nas outras 64 CliniCASSI do país. “Quem frequenta os nossos serviços próprios e percebe um padrão de atendimento começa a ficar atento a outros locais, exigindo, por exemplo, higienização correta das mãos dos profissionais antes e depois da coleta de material para exame. Com isso, o participante assume o papel de principal gestor do próprio cuidado”, diz a gerente de Atenção à Saúde da Unidade DF, à qual estão vinculadas as CliniCASSI certificadas, Larissa Picarelli de Arruda. A reacreditação da JCI foi concedida em fevereiro de 2018.

JUNTA MÉDICA É AMPLIADA

Em 2018, a CASSI ampliou as especialidades abrangidas pela junta médica: cirurgia vascular e urologia, além de ortopedia, neurologia, cardiologia e cirurgia bucomaxilofacial, que já eram contempladas antes. Este recurso serve para resolver divergências técnicas que eventualmente podem ocorrer entre o médico assistente e os médicos auditores de uma operadora, que são os responsáveis pela autorização. Nestes casos, uma equipe de mediação entra em contato com o profissional solicitante para viabilizar a autorização em conformidade com os protocolos vigentes. Caso persista a divergência, a Caixa de Assistência aciona a instalação de uma junta médica, que irá resolver o impasse técnico, mediante a opinião de especialista independente, aceito pelas partes e pago pela operadora. O resultado da junta médica é formalmente comunicado ao médico assistente e ao participante.

A junta médica é aplicada para procedimentos eletivos – aqueles agendados, que não configuram emergência – além de funcionar também para solicitações de órteses, próteses e materiais especiais (OPME). Um exemplo bem-sucedido de atuação em 2018 foi a realização de cirurgia bucomaxilofacial, que garantiu assistência adequada ao participante e, ao mesmo tempo, reduziu em 70% o custo do procedimento. Em vez da alternativa indicada inicialmente pelo hospital, a cirurgia foi realizada conforme a recomendação da junta médica, porém, utilizando materiais de outro fornecedor, igualmente reconhecidos como de excelente qualidade.

A junta médica é regulamentada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) como forma de buscar consenso entre a operadora e o médico assistente. Isso evita que as divergências sejam encaminhadas diretamente ao órgão regulador ou acabem em ações judiciais, o que prolongaria o tempo de espera para o participante.

EQUIPE DE SAÚDE ADOTA ASSINATURA DIGITAL

Em julho de 2018, foi concluído o processo de implantação da certificação digital para todos os profissionais de saúde que atendem nas 66 CliniCASSI, o que aumentou a segurança no armazenamento de dados assistenciais dos participantes. Os registros feitos no prontuário eletrônico dos pacientes atendidos nestes serviços próprios passaram a ser assinados eletronicamente, garantindo a legitimidade das informações inseridas e a identificação irrestrita do profissional que fez a inclusão e a gravação dos dados. A certificação digital também permite integridade, autenticidade, confidencialidade e privacidade dos documentos. Outra vantagem é o fim da necessidade de impressão e de armazenamento físico dos prontuários, otimizando recursos da CASSI.

ESTRATÉGIA É INOVADORA, DIZ ANS

Em 2018, a Estratégia Saúde da Família (ESF) da CASSI foi selecionada como uma das 12 experiências inovadoras de atenção primária reconhecidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O Laboratório de Inovação da ANS avaliou 41 programas desenvolvidos por operadoras de saúde suplementar levando em conta os benefícios que as ações de atenção primária proporcionaram aos participantes. Para saber mais, acesse aqui a publicação da ANS.

Este foi o número de funcionários da ativa do Banco do Brasil que realizaram o EPS em 2018, alcançando 98,35% da meta para o ano. A parceria permite que, por meio do exame periódico obrigatório, a Caixa de Assistência conheça melhor a população de funcionários da ativa, atendida pelo Plano de Associados. Com isso, pode promover ações voltadas às necessidades de saúde específicas.